Fazer o que gosta, ou gostar do que faz?

A DIFICULDADE DO JOVEM PROFISSIONAL EM SE ADAPTAR A REALIDADE DO MUNDO CORPORATIVO

Vivemos um momento onde falar que se preocupa com o meio ambiente, ou com questões sociais virou estratégia de marketing, colocar apelido no amigo da escola é bulliyng, ficar com pena do cachorro e não do indigente que cuida dele é nobre, e honrar os compromissos com seu trabalho é um abuso. Opa! Como assim?!

Crescemos ouvindo que devemos fazer aquilo que gostamos, mas será mesmo que este deve ser nosso objetivo? Desde pequeno gosto de futebol e, como a grande maioria dos “moleques” deste País sonhava em ser ídolo no meu clube de coração, mas, isso não ocorreu. E agora devo largar tudo e desistir de meus objetivos?!

Diariamente ouço de nossos clientes a seguinte frase: Como está difícil contratar!
A minha reposta é sempre a mesma: está difícil pra todo mundo.

O Jovem de hoje é aventureiro, dinâmico e muito preparado, mas também, tem uma característica curiosa: tem dificuldade em aceitar regras. O que parece é que cobrar aquilo que o colaboradores deveriam por “acordo de contrato” realizar virou um abuso …

Pessoal, um ambiente agradável é favorável sim, mas as empresas precisam cumprir suas metas, os coordenadores precisam dos processos funcionando e os gerentes necessitam do resultado!

O colaborador tem que tomar “puxão de orelha” sim, os resultados devem ser cobrados, os líderes devem se impor, e os colaboradores … ah, os colaboradores tem que cumprir com suas responsabilidades, respeitar hierarquias e, acima de tudo, tem que deixar o “mimo” de lado e mostrar a postura de um profissional responsável que eles mesmos tanto almejam.

Nem todo mundo (ou quase ninguém), tem o trabalho dos sonhos, onde passa-se o dia visitando locais maravilhosos, sem ter problemas e imprevistos a resolver e, ainda assim, todo mundo se sente bem sendo útil.

Em nossa história recente temos o exemplo da seleção de Vôlei Masculino, que possivelmente é a mais vitoriosa de todos os tempos no esporte brasileiro. Agora, alguém se arrisca a dizer que Bernardinho não cobra pois seus colaboradores podem sentir-se pressionados?

Será que ao invés de procurarmos um “paraíso corporativo” não conseguimos simplesmente aprender com a crítica e utiliza-la como um processo contínuo de evolução profissional?

Temos que deixar de procurar somente aquilo que gostamos e, começar a gostar um pouco mais daquilo que fazemos.

Pensem nisso.

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